Estou lendo um livro do master coach Paulo Vieira chamado O poder da ação. A mensagem é muito clara: levante a bunda da cadeira e comece a agir, pois todos os resultados atuais da sua vida são consequência de ações (ou inércias) do passado. Se você está insatisfeito com seus resultados, precisa começar a agir de forma diferente.
É um chamado ao protagonismo na vida pessoal, espiritual e profissional, pois não há nesse planeta uma entidade que fará as coisas por nós. Flávio Augusto da Silva, inclusive, em uma palestra na igreja Lagoinha em Orlando, é bem enfático ao dizer: “Deus não fará nada por você”.
A ação inclusive é o primeiro dos hábitos das pessoas altamente eficazes – “seja pró ativo”. Ou seja, colocar-se em movimento é o primeiro requisito para atingir resultados em qualquer área da sua vida.
A importância de começar a agir agora mesmo é um consenso entre praticamente todos os palestrantes motivacionais, coachs e empreendedores de sucesso.
Faça, modele, erre, analise os resultados, e comece tudo de novo.
A importância de começar a agir agora mesmo é um consenso entre palestrantes, coachs e empreendedores de sucesso.
Porém, o que pouco se discute na minha visão é: o que é agir para você?
O significado de agir: “Agir” pode significar coisas diferentes para diferentes tipos de pessoas. Agir para alguns pode significar pegar o telefone e ligar para um cliente, enquanto para outros pode ser sentar-se na cadeira e escrever, codificar um programa, cozinhar ou pesquisar.
Para um atleta por exemplo, agir pode ser ir para a quadra e praticar; para um vendedor pode ser ligar para aquele cliente que estava procrastinando a compra do seu produto; para um professor, pode ser revisar seus métodos de ensino, para engajar mais seus alunos.
Ação não significa necessariamente sair do lugar onde se está, movimentar o corpo, ou propriamente fazer alguma coisa. Ação pode significar planejar melhor o que se está querendo fazer, revisar algo que foi feito para aprimorá-lo, ou às vezes conversar com alguém.
A ação necessária varia de acordo com o contexto onde uma ação é necessária.
Em qual área da sua vida você precisa agir?
O primeiro passo para decidir qual é a ação necessária a se tomar é definir qual área da sua vida está exigindo que você tome uma atitude.
Por exemplo: uma ação necessária no trabalho exige um tipo de ação diferente do que uma ação no seu relacionamento.
Um problema financeiro exige uma ação diferente de um problema em relacionamentos sociais e amizades.
Por exemplo, se você precisa ao mesmo tempo lidar com uma dívida crescente no cartão de crédito e manter contatos profissionais indo a um determinado evento, cada situação dessa exigirá um tipo de ação diferente, e até contraditórios entre si.
Por um lado, você terá que restringir os gastos para que você consiga pagar seu cartão de crédito, e por outro, precisará investir em conhecimento e networking ao participar do evento em questão.
Essa dupla necessidade talvez o fará agir no âmbito familiar, negociando com o seu cônjuge e com seus filhos um período de restrição para que você dê conta de pagar o cartão de crédito e ao mesmo tempo consiga ir ao congresso.
Se você falhar em agir em cada um desses contextos, pode causar prejuízos para todas as pessoas envolvidas com você:
Se você não pagar a fatura do cartão de crédito, sua dívida pode aumentar e você se enrolar cada vez mais;
Se você não for ao congresso, pode perder contatos profissionais e, consequentemente, perder oportunidades futuras de trabalho;
Se você não negociar um plano de contingência com seu cônjuge, pode gerar conflitos de relacionamento, que podem se acumular e trazer prejuízos para sua família no futuro.
Você pôde perceber que em um simples exemplo como esse há uma série de ações complexas e aparentemente contraditórias a serem tomadas (restringir gastos, investir em relacionamentos profissionais, negociar com a família).
A maioria das ações que tomamos no âmbito de uma vida adulta são assim, uma vez que nossa vida possui diversos aspectos que não podem ser negligenciados em detrimento de outros.
Como decidir então quando agir?
No livro O poder da ação, Paulo Vieira nos dá uma dica de como utilizar um critério infalível para definir qual setor da nossa vida exige atitudes imediatas: o setor da vida onde você dá mais desculpas.
A isso, Paulo Vieira chama de zona de conforto. A zona de conforto é a área da nossa vida que mantemos intocada, a área onde tememos mexer, porque a blindamos com uma série de desculpas e justificativas usadas simplesmente para nos manter aonde estamos, pois temos medo ou preguiça de encarar determinadas situações.
Ele compara a zona de conforto (que não é nada confortável) a um tonel de madeira, cheio de esgoto (emoções paradas), onde permanecemos por medo ou vergonha de sair dali, pois estamos sujos e impregnados dessas emoções.
A zona de conforto é a área da nossa vida blindada por desculpas.
Voltando ao nosso exemplo, é muito fácil fingir que não precisamos ir a um congresso para fazer network e trocar cartões com nossos pares, conhecer mais sobre o mercado onde atuamos. Para isso temos milhares de desculpas: “estou sem dinheiro”, “meu cartão de crédito está estourado”, “minha mulher não vai gostar nada disso”.
E todas as demais desculpas que utilizamos para simplesmente não fazer algo que será benéfico no longo prazo, pelo medo de ter que negociar com o cônjuge, com a empresa do cartão de crédito, e todo os demais sistemas de desculpas que criamos para nos mantermos numa ilusão de proteção, mas que na verdade é um verdadeiro barril cheio de esgoto.
Por que então caímos nesse barril?
Mas por que então nos deixamos cair nesse barril, cheio de sujeira, de emoções ruins e angustiantes?
E o que muitas vezes é ainda pior: por que permanecemos nesse barril?
Provavelmente por termos uma crença de que não merecemos coisa melhor. Infelizmente, caímos num senso comum de pensar que “as coisas funcionam desse jeito”, ou “eu não queria mesmo”, ou ainda “é muito difícil, não vou conseguir”.
O normal é ter uma vida abundante, alegre e saudável.
No livro O poder da ação, Paulo Vieira diz exatamente que “isso é comum, mas não é normal”. É comum as pessoas pensarem que não merecem o que há de melhor nessa vida. É comum se acomodarem em relacionamentos ruins e empregos insatisfatórios. É comum ter dívidas e se esforçar para fechar as contas no fim do mês. É comum ser distante dos filhos.
Porém, apesar de ser comum, nada disso é normal. Segundo Paulo Vieira, o normal é ter uma vida abundante, alegre e saudável. O normal é ter amigos e ser respeitado no trabalho. O normal é ser amado pelo cônjuge e querido pelos filhos. O normal é ter dinheiro para viajar e para fazer as coisas das quais se gosta.
Portanto, uma das primeiras ações que está ao alcance de todo mundo é pular do barril, se afastar das emoções e dos pensamentos negativos que nos fazem mal. É aceitar que queremos uma vida feliz, generosa e abundante.
A primeira ação que podemos tomar aqui e agora, sem gastar um centavo para isso, é mudar a frequência dos pensamentos, parar de aceitar sentimentos mesquinhos que causam aperto no coração e dizer para si mesmo: “eu quero ser feliz, eu mereço ser feliz.”
“Só quem se movimenta sente as correntes que o prende” é uma frase da qual gosto muito. E se dermos esse passo de desejar coisas boas para nossa vida, podemos perceber as emoções, pensamentos e situações que estão nos fazendo mal e nos impedindo de ter uma vida feliz.
Essa certamente é uma ação que vai desencadear mudanças exponenciais na nossa realidade à longo prazo.
Desde sempre torço pelo seu sucesso .